terça-feira, 10 de junho de 2014

Tecedeira de azuis


Tecedeira de azuis: talvez seja uma nuvem que do azul se solta. Ainda assim, ela se desprende do pincel, numa respiração suave e amável, quase verde. Assim, o olhar sobre as coisas. Subitamente, o teu riso que nunca ouvi, se senta na tela. E o azul da tarde se faz pele em ti. É a hora de voltar. Qualquer murmúrio seria um grito. Pintemos a hora. Tecemos o novelo da espera. Um dia, beberemos azul. Na manhã da delicadeza.

(Teresa Amaro)